O JARDIM SENSORIAL COMO FERRAMENTA DIDÁTICA PARA O ENSINO E A MITIGAÇÃO DA CEGUEIRA BOTÂNICA
Agenda 2030; Ensino de Botânica; Educação para a sustentabilidade; Espaço não Formal de Ensino.
Responsável pelo estudo das plantas, a Botânica, ainda é apontada como uma
disciplina com pouca contextualização e com escasso uso de recursos
didáticos como os Espaços não Formais de Ensino. Estes apontamentos,
direcionam para a falta de interesse e empolgação dos alunos nas aulas de
Botânica, visto ser conhecido o uso excessivo de metodologias tradicionais,
como aulas teóricas, descritivas e uso de termos técnicos, acarretando,
inclusive, na chamada “Cegueira Botânica”. Diante problemática, o objetivo
principal deste estudo foi discutir os aspectos que envolvem a utilização de um
Jardim Sensorial como ferramenta didática para o Ensino de Botânica e para a
mitigação da Cegueira Botânica em alunos da Educação Básica. A pesquisa
classificada como de Campo, Pesquisa-ação e Qualitativa, foi aplicada para 34
alunos da Educação Básica (Ensino Fundamental) em dois ambientes: um
Espaço Formal de Ensino e um Espaço não Formal de Ensino (Jardim
Sensorial). O desenvolvimento se deu em três fases: sendo: a) diagnóstica
(identificação da Cegueira Botânica); b) fase de aplicação da SD; e c) fase de
avaliação e análise de dados. Aferiu-se, até o momento, que os participantes
apresentam determinado grau de Cegueira Botânica, onde cerca de 85%
destacam a presença de objetos arquitetônicos e materiais no percurso
desenhado e apenas, aproximadamente 26% percebem a existência de plantas
no trajeto em questão. Os primeiros resultados se mostram satisfatórios por
apresentar um método utilizado na identificação da Cegueira Botânica de forma
eficiente, o que soma mais uma ferramenta com possibilidades e perspectivas
reais a ser utilizada pelos professores, possibilitando novos rumos para o
Ensino de Botânica.