A especialização hemisférica na avaliação do alcance e preensão em pacientes pós-AVC: um estudo observacional analítico transversal
Palavras-chaves: Acidente vascular cerebral; Dominância Cerebral: lateralidade funcional
Introdução: Lesões cerebrais unilaterais que comprometem o hemisfério esquerdo trazem condições clínicas diferentes daquelas que comprometem o hemisfério direito. Postula-se que o hemisfério esquerdo seja mais responsável pela fase de aceleração do alcance e o hemisfério direito pela fase de desaceleração (preensão). Esta afirmativa origina-se de estudos cinemáticos do movimento humano. O objetivo desse estudo foi analisar, através de instrumentos clínicos, se os pacientes com lesão no hemisfério direito diferem dos pacientes com lesão hemisférica à esquerda para o movimento de alcance e preensão. Métodos:Trata-se de um estudo observacional analítico do tipo transversal, realizado com pacientes que tiveram AVC há mais de seis meses e de comprometimento unilateral. Foram selecionados quinze pacientes (nove com lesões à direita e seis com lesões à esquerda) que foram avaliados nos movimentos de alcance e preensão bilateral através dos instrumentos Box and Block test (BBT), o Action Research Arm Test (ARAT), a escala de alcance funcional (REACH) e dinamometria. Com o propósito de comparar as medidas clínicas (ARAT, BBT e Reach Performance Scale) e a dinamometria da mão) entre os dois grupos (GR x GL) e entre os indivíduos do mesmo grupo, foi realizado o teste U de Mann-Whitney.A correlação foi realizada pelo teste de Spearman. Resultados: Quinze sujeitos preencheram os critérios de elegibilidade para o estudo e, desde forma os indivíduos foram divididos em dois grupos, lesão em hemisfério direito e lesão em hemisfério esquerdo. No entanto, a partir dos resultados encontrados não foi possível verificar as diferenças hemisféricas para atividade de alcance e preensão através dos instrumentos clínicos. Conclusão: Não foi possível obter evidências de que aespecialização hemisférica pode ser mensurada a partir de escalas clínicas de avaliações.