ASSOCIAÇÃO ENTRE A MANOMETRIA E DINAMOMETRIA DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO EM MULHERES NO PERÍODO DA MENACME E CLIMATÉRIO
Climatério; Diafragma da Pelve; Distúrbios do Assoalho Pélvico; Manometria; Dinamômetro de Força Muscular.
Introdução: As disfunções do assoalho pélvico são um problema de saúde mundial que abrange diversos distúrbios. A combinação de fatores de risco, alterações anatômicas e o enfraquecimento dos componentes do assoalho pélvico, podem ocasionar o aparecimento de sintomas patológicos associados a alterações em sua função. Nesse sentido, é de suma importância a avaliação da musculatura do assoalho pélvico (MAP), com recursos sensíveis e acurados, com o intuito de avaliar a função muscular, principalmente, antes e depois de um programa de treinamento dos MAP. Objetivo: investigar a acurácia da dinamometria vaginal correlacionando com a pressão e a força da MAP em mulheres. Metodologia: Estudo observacional transversal, realizado no período de maio/2023 a julho/2024, composto por 91 mulheres, recrutadas na Maternidade-Escola Januário Cicco (MEJC) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal/RN/Brasil. A coleta de dados ocorreu por meio de aplicação de um questionário de dados sociodemográficos e clínicos, seguido da avaliação funcional da MAP utilizando a palpação vaginal, manometria vaginal e dinamometria vaginal. A estatística descritiva foi utilizada para caracterização dos dados. O teste de Spearman foi utilizado para verificar as correlações entre as classificações da palpação digital e a manometria vaginal com a dinamometria vaginal. A análise do ReceiverOperatingCharacteristic (ROC) foi utilizada para estabelecer a sensibilidade e especificidade dos exames funcionais da MAP. Resultados: A análise da correlação entre os resultados de manometria e dinamometria revelou ser significativa e fraca (r =0,3; p = 0,01). A Curva ROC da dinamometria, apresentou uma área sob a curva de 66%, o que foi considerado estatisticamente significativo (IC95%: 0,53 - 0,78; p = 0,024). O ponto de corte estabelecido foi de 0,5141, com uma sensibilidade de 70,6% e uma especificidade de 52,6%. Conclusão: Esses achados sugerem que, embora manometria e dinamometria sejam métodos de avaliação relacionados, há uma variabilidade considerável na forma como cada método mede a função dos músculos do assoalho pélvico.