Banca de DEFESA: ANA BEATRIZ DA FONSECA NUNES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA BEATRIZ DA FONSECA NUNES
DATA : 04/09/2024
HORA: 18:30
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

EFEITO DA TÉCNICA LOW PRESSURE FITNESS  (LPF)® SOBRE A DIÁSTASE DO RETO ABDOMINAL EM MULHERES NO PÓS-PARTO: UM ESTUDO PILOTO DE ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO CEGO

PALAVRAS-CHAVES:

Reto do Abdome; Diástase Muscular; Período Pós-Parto.

PÁGINAS: 95
RESUMO:

Introdução: A Diástase do Músculo Reto Abdominal (DMRA) é uma separação excessiva entre os ventres do músculo reto abdominal. Uma DMRA persistente, além de ser uma preocupação estética, têm efeitos negativos que se manifestam na funcionalidade, resistência do tronco e comprometimento da qualidade de vida em mulheres no puerpério. O exercício abdominal é, geralmente, recomendado como uma importante intervenção fisioterapêutica para mulheres com DMRA, e uma alternativa de tratamento é a técnica Low Pressure Fitness (LPF)®. Objetivos: Avaliar os efeitos do LPF® sobre a diástase do reto abdominal, função dos músculos do assoalho pélvico, resistência de tronco, dor, funcionalidade, qualidade de vida, postura, percepção de efeito global e expectativa, das mulheres com DMRA no pós-parto, com o tratamento. Métodos: Trata-se de um estudo piloto de ensaio clínico controlado randomizado, cego, com alocação oculta e análise de intenção de tratar, realizado no período de janeiro a julho de 2024. Foram recrutadas mulheres com DMRA, a partir de 12 semanas de pós parto, e com uma separação dos músculos retos abdominais >2cm e ≥2 dedos de largura, acima, abaixo ou à nível do umbigo. Após concederem o consentimento para participar do estudo, as mulheres foram alocadas aleatoriamente em dois grupos: controle (GC, cinesioterapia) e experimental (GE, Low Pressure Fitness (LPF)®). Todas as participantes, após a primeira avaliação, passaram por uma intervenção de 8 semanas e receberam uma segunda avaliação após 8 sessões, e, terceira avaliação após 16 sessões. Durante 8 semanas de intervenção, os dois grupos foram submetidos aos programas de tratamento duas vezes por semana, de forma presencial, e cada sessão teve duração de 30 a 45 min; além disso, as mulheres de ambos os grupos foram solicitadas a realizarem os exercícios diariamente em casa. O GC (n=5), fez um conjunto de exercícios cinesioterapêuticos composto por: abdominal crunch, inclinação pélvica posterior, TMAP e torção Russa, e o GE (n=5) realizou exercícios do método LPF® com variação de posturas. O programa SPSS® (versão 21.0) foi utilizado para analisar os dados. A técnica de bootstrapping foi utilizada para adequar as variáveis quantitativas ao pressuposto de distribuição paramétrica. Para verificar os efeitos das intervenções e comparar as variáveis desfecho, foi utilizada a Análise de Variância (ANOVA) two-way com medidas repetidas. Foi adotado o nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95% (IC95%). Resultados: Foram incluídas no estudo 10 mulheres, com média de idade de 31,00±5,35 (faixa etária de 25 a 39 anos). As participantes do GC estavam em média com 30,80±13,21 semanas de pós-parto, enquanto as participantes do GE estavam com 31,40±6,91 semanas, em média. Quanto ao desfecho principal, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas na avaliação da diástase, entre os grupos, em nenhum momento, tanto com método da palpação, quanto com o paquímetro. Houve uma mudança nas medidas de diástase à nível do umbigo avaliadas com o paquímetro, em ambos os grupos, ao longo do tempo [(pré vs após 4 semanas de tratamento: diferença média (DM) 0,58cm; IC95% 0,1 a 0,9; p=0,008) e pré vs após 8 semanas de tratamento: DM 0,64cm; IC85% 0,2 a 1,0; p= 0,006)]. Conclusão: O tratamento com LPF® não foi superior à Cinesioterapia para redução das medidas da diástase abdominal de mulheres no pós-parto. A diástase se reduziu ao longo do tempo, independentemente do grupo de tratamento.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 4933786 - VANESSA PATRICIA SOARES DE SOUSA
Interna - 1140906 - GERMANNA DE MEDEIROS BARBOSA
Externa à Instituição - LARISSA RAMALHO DANTAS VARELLA