AVALIAÇÃO, CONDUTA E CONHECIMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM PACIENTES PÓS-ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: UM ESTUDO TRANSVERSAL COM FISIOTERAPEUTAS BRASILEIROS
Incontinência Urinária. Acidente Vascular Cerebral. Fisioterapia.
Introdução: O Acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de incapacidade funcional e óbito no mundo. Seus efeitos incapacitantes dependem da área cerebral afetada. Normalmente há um foco maior nas repercussões sensório-motoras, porém aproximadamente 53% dos pacientes acometidos relatam Incontinência urinária (IU) após quatro semanas do AVC. A IU pode desencadear sequelas que afetam diretamente a qualidade de vida dos indivíduos, um problema de saúde pública e é preciso saber se os profissionais de saúde como os fisioterapeutas brasileiros possuem conhecimento sobre essa temática. Objetivos: O presente estudo objetivou-se a avaliar o conhecimento dos fisioterapeutas brasileiros sobre a incontinência urinária em pacientes pós-AVC, sua avaliação e tratamento. Material e métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal e analítico. Foi realizado em nível nacional, através de formulário online, a população do estudo foi composta de profissionais fisioterapeutas brasileiros, registrados no conselho, maiores de 18 anos e que atua na prática clínica da reabilitação de pacientes pós-AVC em qualquer região do país. Os participantes responderam a um questionário contendo perguntas de identificação, de conhecimento sobre a IU no pós – AVC. Resultados: Foi possível observar que os fisioterapeutas brasileiros que atuam na reabilitação pós-AVC reconhecem bem os tipos de incontinência urinaria, porém relatam pouco ou nenhum conhecimento da IU no pós-AVC. Além disso, a maior parte destes profissionais não avalia e não trata diretamente a IU em pacientes pós-AVC no processo de reabilitação. Mais da metade dos profissionais relata que a principal conduta é o encaminhamento a outros profissionais. Conclusão: Tais resultados evidenciam a necessidade de incentivo, capacitação e orientação desses profissionais desde a graduação para que possam desempenhar um atendimento menos fragmentado e mais centrado nas necessidades do paciente.